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terça-feira, 10 de maio de 2011

Poema de Cristiano Moreira

sempre sob céu entre estas morrarias
o atrito de aços, açoites são sonhos
dos navios contra a lâmina
plúmbea do rio nesta terça nublada.

quem olha por esta janela
é a criança que ainda ronda margens
é a prórpia margem outra
que outrora em infância eram imagens

desenhou os cilios do vale, os ciliares
vegetais que ornaram com o tempo
os pés de embaúbas e figueiras

árvores embaladas pelos segredos
dos peixes narrados na ora do remanso
quando o rio pára e sereno descansa

os barcos de todas as cores já escritas
em poemas por marcos, florianos
e tantos outros permanecem rondando

esta janela da qual estes olhos querem
sempre saltar como se vissem nas imagens
bateiras a remo partindo para outros rios

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