solto na cidade um homem descalço
parecido com um papagaio sem barbante
deita ao lado do braço do rio e dorme
procura no sonho a cítara ou silvo
que ensina ao rio ser sinuoso
quer aprender como dançar
em uma cidade cuja música ouve ao longe
na linha que segura o mar como uma pipa.
o homem descalço assina com o dedão do pé
a sua sina de escarro, de ser informe
que existe em outra margem da dança
noutra imagem do sitio em que se encontra
tal pandorga pândega sem rabiola
corpo contingente onde venta o rio em movimento.
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