culturanavegante@gmail.com

visite o dengo-dengo cartoneiro - projeto de formação de leitores
http://dengodengocartonero.blogspot.com/

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Só a literatura salva!! a leitura entre bailes e horários

dizer que a leitura leva o sujeito a outros espaços échover no molhado. a experiência da leitura, pode muitas vezes salvar o sujeito de um complicado ato de adequação às conveções para um baile de formatura por exemplo. complicado é bom lembrar, possui em seu campo semântico, a palavra fancesa (pli) que significa dobra , digo isso pois o enrosco de ir a um baile de formatura, pode ser simplesmente dobrar a gravata para que o traje esteja de acordo com o solicitado no convite. precisava ir ao baile e dizendo como o mais fiel dos humanos, só a literatura salva!!!
precisava resolver a falta de prática para dar o nó na gravata dez minutos antes do início do baile. baile em que eu deveria acompanhar minha afilhada. ainda estava em casa e lembre de um livro que lí dois antos antes chamado Ciências Morais, do argentino Martin Kohan.

hora da digressão

em 2008 estava indo para a usp num ônibus mas antes passara num hotel para ver se uma professsrora que conheci em rosário um ano antes, havia trazido uns libros que pedi (macedônio fernandez, arturo carrera e cesar aira), no balcão do hotal estava um sujeito de aprox. 1.68 mts deixando o cartão e perguntando como faria pra chegar atéa usp. com o parco espanhol que tenho, me aproximei e disse que iria para o campus onde estava ocorrendo o congresso da ABRALIC (associação brasileira de literatura comparada) dentro do onibus descobri que osujeito era martin kohan (que até então não tinha lido) e que iria para uma conferência e lançamento do livro Ciências Morais (cia das letras:2008).

fim da digressão

mas em que um livro destes poderia ajudar dez minutos antes do baile iniciar? não o leria novamente e lembrei que se tratava de uma narrativa situada no tradicional Colegio Nacional de Buenos Aires. a protagonista chama-se Maria Teresa e era a nova inspetora diciplinar do colégio. Maria Teresa precisava investigar uma suspeita de que alguns alunos estariam fuamando dentro do colégio. para tanto, Maria precisou ultrapassar seus prórprios preconceitos e com isso ala própria submeteu-se a experiências extravagantes. experiências que provaria na própria carne, experimetou os dispositivos da lei e do poder da linguagem, das conveções estudantis e patriarcais e da soberania de seu chefe o Sr. Biasuto. 
vale lembrar que este colégio foi o cenário de outro livro importante para a formação de praticamente todos os alunos quepassaram por este Colégio Nacional. trata-se do livro do uruguaio Miguel Cané, Juvenília (1884), narrtaiva de um jovem orfão de pai que se interna neste colégio no período em que Bartolomé Mitre governava a Argentina, período da guerra da tríplice aliança, na qual lutou outro artista chamado Candido Lopez, pintor que perdera a mão durante a guerra contra o paraguai.

todos estes livros e mais o O Ateneo de Raúl Pompeia relatam um período importante na vida tanto dos narradores, jovens que estão dentro de uma instituição e da instituição mesma dentro de sua nação. ainda voltarei aqui para escrever sobre isso.

mas retornando ao baile e ao padrinho atrasado salvo pela literatura.
sem mais digressões, a edição brasileira de Ciências Morais, traz na capa uma orientação de como fazer um nó em gravatas. é um passo a passo do nó simples, mas serviu para lembrar que para o nó duplo basta mais uma volta e um pouco de coordenação motora. só a literatura salva!!

vai de brinde a capa, mas reforço que a leitura  deste livro é uma aventura dentro de um colégio e dentro das leis que tangenciam os corpos vigiados e punidos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário