Em meio a toda a discussão sobre fazer arte em Navegantes e para quem não sabe ainda o valor ou se vale a pena fazer ou não fazer arte, bem como ao s empresários que não sabem se vale a pena investir ou não em cultura, vai um poema do pernambucanso João Cabral.
O Artista Inconfessável
Fazer o que seja é inútil.
Não fazer nada é inútil.
Mas entre fazer e não fazer
mais vale o inútil do fazer.
Mas não, fazer para esquecer
que é inútil: nunca o esquecer.
Mas fazer o inútil sabendo
que ele é inútil e que seu sentido
não será sequer pressentido,
fazer: porque ele é mais difícil
do que não fazer, e dificil-
mente se poderá dizer
com mais desdém, ou então dizer
mais direto ao leitor Ninguém
que o feito o foi para ninguém.
Que a inanição do Estado não mate a arte. E que por ser arte, seja sempre mais do que se espera, de uma inutilidade bela e eficiente.
ResponderExcluirAbraço, Cris! Que não demore nosso próximo encontro. Se navegar é preciso, arteconversar é impreciso e necessário.
Té+
oi jura fique feliz em te ver por aqui.
ResponderExcluire se navegare é preciso, te convido par avir a navegantes.abraço.